Violência doméstica em Coronel Fabriciano: neto agride avó de 72 anos e foge da polícia
- 07/10/2025
- 0 Comentário(s)

Uma idosa de 72 anos foi brutalmente agredida pelo próprio neto na noite desta segunda-feira (6), no bairro Caladinho, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. O caso, que mobilizou a Polícia Militar e chocou moradores da região, expõe mais uma vez a grave realidade da violência doméstica contra idosos — muitas vezes praticada dentro do próprio lar e por familiares próximos. Segundo informações repassadas pela PM, os militares foram acionados por vizinhos que escutaram gritos e barulhos de discussão vindos da residência da vítima. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a idosa muito abalada, visivelmente nervosa e hesitante em falar sobre o ocorrido. Inicialmente, ela negou ter sido agredida, possivelmente por medo ou vergonha. Entretanto, uma testemunha apresentou aos agentes um vídeo que comprova a violência. Nas imagens, o neto aparece desferindo socos, chutes e empurrões contra a avó, chegando a tentar enforcá-la. O registro chocou os policiais e os moradores da região, que afirmam que este não foi o primeiro episódio de agressão. “Ela sempre tentava defender ele, mesmo quando a gente via que estava machucada. É uma senhora muito boa, mas o rapaz vinha se tornando cada vez mais agressivo. A gente já esperava que algo pior acontecesse”, relatou uma moradora da rua, que preferiu não ser identificada. Após o crime, o suspeito fugiu antes da chegada da polícia. De acordo com testemunhas, ele foi visto correndo pela Rua Tupi, pulando muros e tentando se esconder em casas vizinhas. Guarnições realizaram buscas em todo o bairro, mas o jovem conseguiu escapar. A vítima recebeu atendimento e foi orientada sobre as medidas protetivas disponíveis pela Lei Maria da Penha, que também pode ser aplicada em casos de violência doméstica contra idosos. A Polícia Civil de Coronel Fabriciano assumiu a investigação e deve solicitar medidas judiciais para garantir a segurança da idosa.
O episódio gerou indignação entre os moradores e reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade de idosos em situações de convivência familiar conflituosa. Especialistas destacam que, em muitos casos, o medo da solidão, a dependência financeira e o vínculo afetivo fazem com que as vítimas silenciem, mesmo diante de agressões repetidas.
Casos de violência contra idosos podem ser denunciados de forma anônima pelo Disque 100, canal nacional de proteção de direitos humanos, ou diretamente à Polícia Militar, pelo 190.