A falta de saneamento básico no Brasil continua a ser uma preocupação séria, privando milhões de brasileiros do acesso a um serviço essencial para uma vida digna. Essa escassez não apenas coloca em risco a saúde pública, mas também gera danos ambientais significativos.

Um estudo recente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) alertou que até 2040, a disponibilidade de água poderia diminuir em até 40% em várias regiões do país devido aos efeitos das mudanças climáticas. No entanto, o Brasil já está em uma posição preocupante no que diz respeito ao saneamento básico, ocupando o 85º lugar no ranking mundial de oferta de água e esgoto tratados.

O saneamento básico engloba medidas como fornecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, gestão adequada de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais. No entanto, os dados revelam uma realidade alarmante: milhões de residências no Brasil não têm acesso à rede de água potável e muitas enfrentam escassez de água. Além disso, um número substancial de lares não possui banheiros e não há coleta adequada de esgoto para milhões de pessoas, resultando em graves consequências para o meio ambiente e a saúde pública.

As consequências da falta de saneamento são diversas, incluindo doenças transmitidas pela água, mortalidade infantil, aumento dos custos de saúde e perda de produtividade no trabalho. Ambientalmente, vemos a contaminação da água devido ao esgoto não tratado, além de outros impactos negativos nos ecossistemas.

Embora existam metas definidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, que visam melhorar a situação até 2033, os desafios são enormes. Apenas cerca de metade do esgoto gerado no Brasil é tratado adequadamente, destacando a necessidade urgente de melhorias nas políticas públicas de saneamento.

Além de abordar a falta de saneamento, é crucial implementar medidas de preservação da água, como consertar vazamentos, evitar desperdícios e impedir a poluição dos corpos d'água. Iniciativas locais, como o projeto "Ocupe o Lago", destacam a importância do engajamento comunitário na preservação dos recursos hídricos.